Psoríase é uma doença inflamatória da
pele, crônica, não contagiosa, multigênica (vários genes envolvidos), com
incidência genética em cerca de 30% dos casos. Caracteriza-se por lesões
avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que aparecem, em
geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.
Surge principalmente antes dos 30 e após
os 50 anos, mas em 15% dos casos pode aparecer ainda na infância.
Sintomas
De acordo com a localização e características
das lesões, existem vários tipos de psoríase:
a) Psoríase Vulgar – lesões de tamanhos
variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas
ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
b) Psoríase Invertida – lesões mais
úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e
cotovelos;
c) Psoríase Gutata – pequenas lesões
localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos.
Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e
quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens;
d) Psoríase Eritrodérmica – lesões
generalizadas em 75% ou mais do corpo;
e) Psoríase Ungueal – surgem depressões
puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas da mãos;
f) Psoríase Artropática – em cerca de 8%
dos casos, pode estar associada a comprometimento articular. Surge de
repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes
articulações como a do joelho.
g) Psoríase Postulosa – aparecem lesões
com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo;
h)
Psoríase Palmo-plantar – as lesões aparecem como fissuras nas palmas
das mãos e solas dos pés.
Causas
Além da genética, outros fatores estão
envolvidos no aparecimento e evolução da doença. Fatores psicológicos,
estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão
alcoólica pioram o quadro.
Tratamento
Psoríase não tem cura, tem tratamento. Não há como prevenir a
doença, embora seja possível controlar a reincidência.
Casos leves e moderados (cerca de 80%) podem ser controlados com
o uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. Para quem
não tem tempo para exposições diárias ao sol, são preconizados banhos de
ultravioleta A e B em clínicas especializadas e sob rigorosa orientação
médica. Esses banhos não são recomendados para crianças.
Algumas pomadas à base de alcatrão já provaram sua eficácia no
controle da doença, mas têm o inconveniente de sujarem a roupa de vestir e
de cama e de terem cheiro forte, parecido com o da creolina. Medicamentos
por via oral só são introduzidos nos casos mais graves de psoríase
refratária a outros tratamentos.
FONTE: SITE DO DR.
DRAUZIO VARELLA
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